N Félix da Costa, Samuel Pombo, Filipe Barbosa
RESUMO
Os resultados da investigação clínica criam a oportunidade de reflectir sobre as características dos programas de intervenção, adaptá-los e corrigir o desempenho dos terapeutas. Nesta análise
do desempenho dos programas de substituição opiácea da Consulta de Toxicodependências do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Santa Maria (HSM), centrámo-nos sobre algumas características dos utentes que prognosticassem uma boa resposta terapêutica em 123 dependentes de heroína admitidos sequencialmente no controlo analítico de metabolitos. Variáveis como o rendimento mensal auferido, tempo de frequência em consulta, a infecção pelo vírus do VIH e a existência de consumos de álcool ou cannabis foram indicadores de desempenho do tratamento da heroinodependência. No plano da intervenção terapêutica também as duas subamostras em substituição com buprenorfina e com metadona tiveram comportamentos diferentes. O estudo sugere uma conclusão paradoxal: a subpopulação em substituição com buprenorfina, com melhor prognóstico à partida, apresenta mais recaídas, mas num quadro de melhor funcionamento psicossocial. Por outro lado, este resultado encontrado não se afigura
relacionado tanto com a substância usada na substituição, mas mais com a má utilização da maior autonomia que ela permite aos doentes que a utilizam.
>http://www.idt.pt/PT/RevistaToxicodependencias/Paginas/ArtigoDetalhe.aspx?id=95
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