quinta-feira, 22 de novembro de 2012



A comunicação motivacional com o doente dependente 

de substâncias: para uma intervenção psicológica que 

se pretende terapêutica







Samuel Pombo



Resumo

Este trabalho visa analisar alguns dos mecanismos psicológicos inerentes às dependências e à intervenção psicológica e relacional com o doente dependente de substâncias. São abordados o papel dos consumos na regulação dos afectos e a perspectiva da motivação para a mudança no contexto das defesas cognitivas que preservam os consumos e que contribuem para a manutenção do equilíbrio mental. Posteriormente, são focados os fundamentos da construção da relação terapêutica e os modelos mais directivos cognitivocomportamentais, que suportam a abordagem motivacional direccionada para a mudança.
Conclui-se que a intervenção psicológica com o dependente de substâncias deve obedecer a guidelines científicos de intervenção psicológica, para que o encontro clínico possa alcançar efeito terapêutico.



Palavras-chave: intervenção psicológica; entrevista motivacional; dependências



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http://news.fm.ul.pt/Backoffice/UserFiles/File/News29/Comunicacao%20Motivacional.pdf


terça-feira, 12 de junho de 2012

Para um novo paradigma de intervenção clínica na dependência do álcool: a tipologia alcoólica de Lesch (TAL)


Samuel Pombo, Otto Lesch
REVISTA TOXICODEPENDÊNCIAS EDIÇÃO IDT VOLUME 17 NÚMERO 3  2011 pp. 65-81


RESUMO


Há muito que não só a prática clínica como a investigação científica observam que os alcoólicos não são todos iguais. Aliás, bem pelo contrário, apresentam uma elevada heterogeneidade, por exemplo, no padrão de consumo do álcool, na estrutura de personalidade, no tipo de co-morbilidade e vulnerabilidade neurobiológica. Esta diversidade produz manifestações fenotípicas distintas no perfil clínico do doente alcoólico (subtipos), podendo repercutir-se na eficácia dos modelos de tratamento disponíveis se não se encontrar reflectida na planificação terapêutica. A Tipologia Alcoólica de Lesch (TAL) define 4 subtipos de dependentes do álcool, validados cientificamente, desenvolvidos a partir de preditores clínicos a longo prazo: tipo I traduz um subgrupo fisiológico (“Modelo de alcoolismo enquanto doença física”); tipo II define um subtipo Ansioso (“Modelo de alcoolismo para lidar com ansiedade e resolução de problemas”); tipo III caracteriza um subtipo Depressivo (“Modelo do álcool como anti-depressivo”) e tipo IV representa um Subtipo Orgânico (“Modelo de alcoolismo secundário a problemas do desenvolvimento infantil e de alterações cerebrais pré-alcoólicas”). Este trabalho visa a introdução ao paradigma das tipologias do alcoolismo, com foco particular na investigação científica e clínica da TAL e suas propostas terapêuticas.Conclui-se a disponibilidade de um corpo teórico e evidência científica que justifica a intervenção na dependência do álcool racionalmente fundamentada pela TAL.